FLEXIBILIDADE
A flexibilidade é uma qualidade física evidenciada pela amplitude dos
movimentos das diferentes partes do corpo num determinado sentido e que
depende tanto da mobilidade articular como da elasticidade muscular. Os
exercícios exigem um músculo estirado ou em extensão, que deve ser
máxima, desde a sua origem até o seu ponto de inserção. A musculação
pode limitar a flexibilidade mas, se combinado com o trabalho de força,
esse prejuízo pode ser evitado, já que sabe-se que não existe
impedimentos para a coexistência entre flexibilidade e hipertrofia
muscular nas mesmas zonas corporais. O calor auxilia muito o trabalho de
flexibilidade. O treinamento da flexibilidade deve ter sessões
freqüentes, sempre seguido de um aquecimento. Quando for constatado o
aparecimento de dores, deve-se interromper as sessões para que não
ocorra qualquer tipo de lesão mais séria. O bom desenvolvimento da
flexibilidade facilita o aperfeiçoamento da técnica do desporto em
treinamento, dá condições de melhora na agilidade, força e velocidade,
auxilia como fator preventivo contra lesões e contusões, entre outros, e
provoca um aumento na capacidade mecânica dos músculos e articulações,
ocorrendo assim, um aproveitamento econômico de energia durante o
esforço.
FORÇA DINÂMICA
Força dinâmica é o tipo de qualidade na qual a força muscular se
diferencia da resistência produzindo movimento, ou seja, é a força em
movimento. Na maioria dos casos de treinamento esta qualidade física é
desenvolvida nas fases de preparação física geral. Pode ser chamada
também como força máxima, força pura ou força isotônica. A força
dinâmica pode dividir-se em dois subtipos: Força Absoluta, que é o valor
máximo de força que uma pessoa pode desenvolver num determinado
movimento; Força Relativa, que é o quociente entre força absoluta e o
peso coporal da pessoa.
FORÇA ESTÁTICA
A força estática ocorre quando a força muscular se iguala à
resistência não havendo movimento. É a força que explica o fato que
ocorre a produção de calor mas não ocorrendo o movimento, é também
conhecida como força isométrica. A força estática não está evidente em
muitos desportos e sim em situações especiais das disputas onde ocorrem
oposições para os gestos específicos da modalidade.
FORÇA EXPLOSIVA
Força explosiva é a capacidade que o atleta tem de exercer o máximo
de energia num ato explosivo. Pode ser chamado também de potência
muscular. A força explosiva deve ser considerada em treinamento
desportivo como força de velocidade, exigindo assim que os movimentos de
força sejam feitos com o máximo de velocidade. Aconselha-se à força
explosiva, um trabalho precedente de coordenação e de domínio do corpo,
sendo que, após o mesmo, empregar pequenas cargas com o uso de
medicinebol, sacos de areia, pesos leves, entre outros, pela necessidade
de não perder-se velocidade de movimentos, além do uso de pequenas
cargas possibilitar um maior número de repetições de exercícios.
RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCAL
É a qualidade física que permite o atleta realizar no maior tempo
possível a repetição de um determinado movimento com a mesma eficiência.
O treinamento da resistência muscular localizada (RML) está
condicionada por variáveis fisiológicas e psicológicas como: as
condições favoráveis de circulação sangüínea local, uma grande
concentração de mioglobina nos músculos locais o que permite maior
armazenamento de sangue a nível muscular, a capacidade de consumo de
oxigênio durante o esforço e a capacidade psicológica de resistir a uma
repetição de esforço no mesmo grupo muscular. O desenvolvimento da RML
apresenta alguns efeitos favoráveis: capacidade para execução de um
número elevado de repetições dos gestos específicos desportivos; melhor
elasticidade dos vasos sangüíneos; melhor capilarização dos músculos
treinados; melhor utilização de energia; acumulação mais lenta de
metabólitos nos músculos; maiores possibilidades para um trabalho
posterior de desenvolvimento de qualquer tipo de força.
RESISTÊNCIA ANAERÓBIA
É a qualidade física que permite um atleta a sustentar o maior tempo
possível uma atividade física numa situação de débito de oxigênio. É a
capacidade de realizar um trabalho de intensidade máxima ou sub-máxima
com insuficiente quantidade de oxigênio, durante um período de tempo
inferior a três minutos. O desenvolvimento da resistência anaeróbia em
atletas de alto nível possibilita o prolongamento dos esforços máximos
mantendo a velocidade e o ritmo do movimento, mesmo com o crescente
débito de oxigênio, da conseqüente fadiga muscular e o aparecimento de
uma solicitação mental progressiva. A melhoria da resistência anaeróbia
está correlacionada aos seguintes efeitos e características nos atletas:
aumento das reservas alcalinas do sangue; aumento da massa corporal;
melhoria da capacidade psicológica; aperfeiçoamento dos mecanismos
fisiológicos de compensação; melhores possibilidades para os atletas
apresentarem variações de ritmos durante as performances.
RESISTÊNCIA AERÓBIA
É a capacidade do indivíduo em sustentar um exercício que proporcione
um ajuste cárdio-respiratório e hermodinâmico global ao esforço,
realizado com intensidade e duração aproximadamente longas onde a
energia necessária para realização desse exercício provém principalmente
do metabolismo oxidativo. A melhoria da resistência aeróbia provoca os
seguintes resultados nos atletas: aumento do volume do coração; aumento
do número de glóbulos vermelhos e da taxa de oxigênio transportado pelo
sangue; uma capilarização melhorada nos tecidos resultando numa melhor
difusão de oxigênio; aperfeiçoamento dos mecanismos fisiológicos de
defesa orgânica; redução da massa corporal; melhora da capacidade de
absorção de oxigênio; redução da freqüência cardíaca no repouso e no
esforço; diminuição do tempo de recuperação; pré-disposição para um
ótimo rendimento no treinamento de resistência anaeróbia; aumento na
capacidade dos atletas para superar uma maior duração nas sessões de
treinamento.
VELOCIDADE DE MOVIMENTOS
É a capacidade máxima de um indivíduo deslocar-se de um ponto para
outro. A velocidade de deslocamento depende em grande parte do dinamismo
dos processos nervosos atuantes no sistema motor e que tem como
variáveis principais as fibras de contração rápida. Pode-se considerar a
velocidade de movimentos dependendo de três fatores: amplitude de
movimentos, força dos grupos musculares como fatores coadjuvantes,
eficiência do sistema neuromotor como fator básico.
VELOCIDADE DE REAÇÃO
A velocidade de reação pode ser observada entre um estímulo e a
resposta correspondente. Tem como base fisiológica a coordenação entre
as contrações e as atividades de funções vegetativas criadoras dos
reflexos condicionados. Assim como a velocidade de movimentos, a de
reação está ligada diretamente a predominância das chamadas fibras de
contração rápida. A melhor indicação para o seu desenvolvimento é o
emprego de um número grande de repetições de exercícios de tempo que
poderão provocar automatismos nos gestos rápidos visados.
AGILIDADE
É a qualidade física que permite um atleta mudar a posição do corpo
no menor tempo possível. Deve ser desenvolvida desde o período de
preparação física geral. O tempo é uma variável importante, o que
evidencia a presença da velocidade na agilidade. A flexibilidade também é
um pré-requisito para o desenvolvimento da agilidade.
EQUILÍBRIO
O equilíbrio consiste na manutenção da projeção do centro de
gravidade dentro da área de superfície de apoio. Apresenta-se de três
formas: Equilíbrio Estático, é o equilíbrio conseguido numa determinada
posição, e não deve ser treinado em separado nas sessões de preparação
física devendo fazer parte dos treinos dos gestos técnicos específicos
do desporto visado; Equilíbrio Dinâmico, é o equilíbrio conseguido em
movimento e que depende do dinamismo dos processos nervosos, e seu
desenvolvimento é obtido pela aplicação de exercícios técnicos do
desporto em treinamento, podendo ser trabalhado juntamente com os
fundamentos técnicos da modalidade; Equilíbrio Recuperado, é a
recuperação do equilíbrio numa posição qualquer e, embora deva ser
treinado em conjunto com os gestos técnicos, muitas vezes se impõe um
preparo especial paralelo pela evidência de uma deficiência dessa
valência em atletas.
DESCONTRAÇÃO
Qualidade física neuro muscular oriunda da redução da tonicidade da
musculatura esquelética, apresentandose sob dois aspectos: Descontração
Diferencial, é a valência física que permite a descontração dos grupos
musculares que não são necessários à execução de um ato motor
específico, colaborando para a eficiência mecânica dos gestos
desportivos, além dos atletas executarem as técnicas desportivas
específicas com um máximo de economia energética; Descontração Total, é a
valência física que capacita o atleta recuperar-se dos esforços físicos
realizados, estando ligada a processos psicológicos onde tem como
variável principal a mente.
COORDENAÇÃO
É a capacidade de realizar movimento de forma ótima, com o máximo de
eficácia e de economia de esforços. Qualidade física considerada como um
pré-rquisito para que qualquer atleta atinja o alto nível. Tem como
variável condicionante o sistema nervoso. A coordenação possui
graduações qualificadas como: elementar, fina e finíssima. A coordenação
motora é muito exigida no futebol e seus vários elementos técnicos são
aplicados em espaços reduzidos com oposição do adversário, com isso,
suas ações devem ser realizadas em um pequeno espaço de tempo e nas mais
diversas velocidades. Dentre as capacidades coordenativas, as mais
importantes para o futebol são: capacidade de orientação, capacidade de
adaptação e transformação dos movimentos próprios, capacidade de
diferenciação, capacidade de reação, capacidade de combinação.
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