terça-feira, 27 de setembro de 2011

Importancia do Mini Jogo em campo reduzido e a evolução cognitiva dos atletas







            Todas as atividades esportivas envolvem de alguma forma o processo cognitivo, pois as equipes estão sempre se especializando e procurando o melhor, os melhores atletas no aspecto físico e intelectual , atletas cujo poder de decisão esteja mais apurado e desenvolvido.
             Na maioria dos esportes coletivos, que são habilidades abertas, a tomada de decisão está presente, tendo o atleta que decidir o que fazer em pouco tempo, isso abrange tempo-espaço-situação. O atleta precisa montar suas estratégias, pois encontra situações diferentes que precisam de decisões rápidas, isso exige sensação, percepção, memória, concentração, habilidade intelectual e resolução de problemas.
            A maioria das equipes, em seus treinamentos utilizam métodos que façam com que seus atletas desenvolvam sua parte cognitiva, no futebol por exemplo, um método muito utilizado pelos técnicos e Preparadores Físicos é o treinamento em campo reduzido.  O espaço reduzido faz com que o atleta tenha que tomar a decisão rápida e ser mais criativo, como o futebol está cada vez mais competitivo e muito igual, devido ao grande desenvolvimento da parte física nos últimos anos, este tipo de treinamento propicia ao jogador uma dinâmica que ele encontrará na partida propriamente dita.

Core Training




Trabalhando o Core Training com o Sub17 do Esporte Clube Pelotas-RS.

Treinamento Funcional - PROPRIOCEPÇÃO

Estabilização Dinâmica Cama Elástica



Treinamento Funcional, Preparação Física com simulação de Saltos, explorando o treinamento proprioceptivo agregando trabalhos de fundamentos e trabalhando o equilíbrio.

Propriocepção


PROPRIOCEPÇÃO
A propriocepção é hoje uma das mais importantes fases do tratamento fisioterapêutico e vem ganhando espaço nos clubes de futebol com objetivo de prevenir lesões e proporcionar ganhos de força muscular em atletas.
 
Propriocepção
O termo propriocepção foi primeiramente introduzido por Sherrington em 1906, que a descreveu como um tipo de feedback dos membros ao sistema nervoso central (SNC) (Dover & Powers, 2003); propriocepção é um tipo de informação vinda dos membros até o SNC (Lephart et al., 1997). O SNC processa estas informações vindas de terminações nervosas especializadas ou de mecanoceptores que estão localizados na pele, músculo, tendão, cápsula articular e ligamento. Juntamente com os inputs vestibular e visual, os mecanoceptores fornecem ao SNC informações sobre a posição do membro (Beynnon et al., 1999).
Hoje a propriocepção é descrita como a conciliação do senso de posição articular (habilidade do indivíduo identificar a posição do membro no espaço) e da cinestesia (movimento articular) (Dover et al., 2003); outros autores ainda consideram que o termo propriocepção tem um sentido mais amplo, que inclui nesta definição o controle neuromuscular (Laskowski et al., 1997).
Proprioceptores
Para a formulação de um programa de reabilitação-treinamento proprioceptivo é fundamental um conhecimento da fisiologia básica, isto é, de como estes mecanoceptores musculares e articulares funcionam conjuntamente na produção de movimento fluente, controlado e coordenado (Ellenbecker, 2002).
Três tipos de mecanoceptores nos músculos e articulações sinalizam a posição estacionária dos membros e a velocidade de direção dos membros em movimento: (a) receptores especializados sensíveis ao estiramento muscular, denominados receptores do fuso muscular; (b) órgãos tendinosos de Golgi, receptores do tendão que são sensíveis a fora de contração e ao esforço exercido por um grupo de fibras musculares; e (c) receptores localizados nas cápsulas articulares que são sensíveis à flexão ou extensão da articulação (Kandel, 2003).
Vias proprioceptivas
Esses mecanoceptores iniciam o laço aferente do feedback proprioceptivo ao SNC (Laskowski et al., 1997). Os axônios que transportam informações dos órgãos para a medula são chamados de aferentes e são denominados de acordo com seu tamanho, ou seja, I, II, e assim por diante, conforme o diâmetro e a velocidade de condução relativa. Transportam as informações dos órgãos do fuso (Ia) e dos órgãos de Golgi do tendão (Ib) (Cailliet, 2000).
Muitos axônios que trazem a informação proprioceptiva entram no corno dorsal da medula e fazem sinapses com os interneurônios. A essência da integração aferente com a coluna espinhal é quando estes sinais se encontram com os interneurônios e estes se conectam com os altos níveis do SNC. A maioria dessas informações proprioceptivas propaga-se até os altos níveis do SNC através do trato dorsal lateral ou trato espinocerebelar. Os dois tratos dorsais laterais estão localizados na região posterior do corno espinhal e finalmente carregam os sinais ao córtex somatosensorial. Embora a maioria das sensações que este trato é responsável seja toque, pressão e vibração, grande quantidade da compreensão consciente do senso de posição articular e cinestesia também é atribuída a este trato (Riemann & Lephart, 2002).
Exercícios proprioceptivos preventivos
Os exercícios proprioceptivos são uma parte integral do processo de reabilitação e talvez seja prudente o uso clínico na prevenção de lesões desportivas, pois os estudos realizados comprovaram que a prescrição destes exercícios melhora o senso de posição articular e evita que as lesões ocorram (Dover et al., 2003).
A prática regular de exercícios proprioceptivos ajuda a manter uma excelente resposta do sistema somatosensorial, comprovando que a utilização destes exercícios auxilia na manutenção do equilíbrio (Gauchard, 1999).
O programa de exercícios proprioceptivos, para compor um trabalho proprioceptivo preventivo, deve ter exercícios dinâmicos, multidirecionais e específicos de cada esporte. Estes exercícios trabalham principalmente com componentes da estabilidade dinâmica das articulações (unidades músculo-tendíneas) que mantém os membros e as articulações estáveis durante os movimentos. Este treinamento de exercícios dinâmicos específicos de cada esporte, permite facilitações na adaptação proprioceptiva na articulação do joelho em atletas (Hewett, 2001).
Em um estudo controlado prospectivo de 600 jogadores de futebol relacionou os possíveis efeitos preventivos de um treinamento proprioceptivo. Trezentos jogadores foram instruídos a treinar 20 minutos por dia com 5 diferentes fases de dificuldade aumentada. A primeira fase consistiu de treinamento equilibrado sem qualquer prancha de equilíbrio, a fase 2 de treinamento em uma prancha de equilíbrio retangular, fase 3 de treinamento em uma prancha redonda, fase 4 de treinamento em uma prancha retangular e redonda combinado, fase 5 de treinamento em uma prancha chamada BABS. Um grupo controle de 300 jogadores de outros times comparáveis treinava normalmente e não receberam qualquer treinamento. Ambos os grupos foram observados durante três temporadas e possíveis lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) foram diagnosticadas por exames clínicos. Um total de 10 lesões de LCA foram encontradas no grupo propriocepção, contra 70 lesões nos jogadores que somente realizaram o treinamento normal foram registradas. Este trabalho concluiu que o treinamento proprioceptivo pode reduzir significativamente a incidência de lesões de LCA nos jogadores de futebol (Caraffa, 1996).
No futebol Suíço durante as temporadas de 1999 e 2000, 101 jovens atletas participaram de um grupo de intervenção, realizando diversas atividades que tinham o intuito de prevenir lesões, entre elas um programa de exercícios destinados a aumentar a estabilidade das articulações do tornozelo e joelho, enquanto 93 jovens atletas do grupo controle continuaram a praticar o esporte normalmente. A incidência de lesões no grupo de intervenção foi de 6.7 a cada 1000 horas de treinamentos ou jogos, enquanto no grupo controle foi de 8.5, o que representa um número 21% menor de lesões no grupo de intervenção comprovando claramente que a incidência de lesões no futebol pode ser reduzida com um programa de prevenção (Junge et al., 2002).
Em um trabalho nos anos de 2000 e 2001 com jogadoras de futebol com idade entre 14 e 18 anos de equipes norte-americanas, 1041 e 844 atletas participaram do grupo de intervenção no primeiro e segundo ano respectivamente, enquanto o grupo controle contou com 1905 e 1913 em cada ano do estudo. O grupo de intervenção realizou um programa de treinamentos neuromusculares e proprioceptivos, além de exercícios de aquecimento, alongamento e fortalecimento, com o intuito de reduzir o índice de lesões dos ligamentos cruzados anteriores destes atletas enquanto o grupo controle continuou sua rotina normal de treinamentos. No primeiro ano de estudos ocorreram 2 lesões de ligamento cruzado anterior no grupo de intervenção, enquanto no grupo controle ocorreu 32 lesões deste ligamento. No segundo ano de pesquisa ocorreram 4 e 35 lesões do ligamento em questão no grupo de intervenção e no grupo controle respectivamente. Ocorreram 88% e 74% menos lesões do ligamento cruzado anterior no grupo de intervenção em comparação com o grupo controle no primeiro e segundo ano respectivamente (Mandelbaum et al., 2005).
No estudo com 1263 jovens atletas de futebol, basquetebol e voleibol dos sexos masculino e feminino para verificar a incidência de lesões de joelho em atletas do sexo feminino. Havia dois grupos de atletas do sexo feminino, o grupo de intervenção que foi submetido a um programa de treinamento neuromuscular durante 6 semanas que consistia de alongamentos, exercícios pliométricos e treinos com pesos enfatizando as características de cada esporte, o grupo controle em que continuou realizando sua prática desportiva de modo habitual e um terceiro grupo controle de atletas do sexo masculino. Ocorreram 14 lesões severas de joelho durante o estudo, em que 10 ocorreram no grupo controle de atletas (8 lesões sem contato) e 2 (0 sem contato) lesões no grupo de intervenção de atletas do sexo feminino respectivamente. E no grupo controle de atletas do sexo masculino ocorrera 2 lesões severas de joelho, sendo que uma lesão de contato e outra sem contato. O menor número de lesões severas de joelho em atletas que se submeteram ao treinamento neuromuscular pode ser devido ao aumento da estabilidade dinâmica articular destes atletas (Hewett, 1999).
No estudo com 765 jovens jogadores (523 do sexo feminino e 242 do sexo feminino) de basquetebol e voleibol foram divididos no grupo de intervenção (373 atletas) que participaram de um programa de treinamento de equilíbrio e no grupo controle (392 atletas) que mantiveram suas atividades desportivas rotineiras. O programa de exercícios escolhidos para a realização do trabalho foi baseado nos exercícios usados durante a reabilitação de lesões de joelho e tornozelo. Os exercícios foram divididos em 5 fases, sendo que da fase 1 a 4 foi desenvolvida durante 4 semanas antes do início da temporada com a realização dos exercícios 5 vezes por semana. A fase 5 do treinamento ocorreu após o início das competições com a realização dos exercícios 3 vezes por semana. O objetivo foi verificar a incidência de lesões de tornozelo nestes atletas, e o grupo de intervenção teve significativamente menos lesões o grupo controle (1.13 e 1.87 lesões de tornozelo a cada 1000 horas de prática esportiva). Então, um programa de treinamento de equilíbrio reduziu significativamente o risco de entorses de tornozelo em jovens atletas de futebol e basquetebol (de McGuine & Keene, 2006).
Em pesquisa realizada durante a temporada 2001-2002 do voleibol holandês masculino e feminino sobre treinamento proprioceptivo com o objetivo de diminuir o número de entorses de tornozelo contou a participação de 641 jogadores no grupo controle e 486 jogadores no grupo de intervenção. O programa de treinamento consistiu em 14 exercícios básicos com e sem o uso de pranchas de equilíbrio, e foram realizados durante as 36 semanas da temporada de voleibol. O entorse de tornozelo teve incidência de 0.5 por 1000 horas de jogo no grupo de intervenção e 0.9 por 1000 horas de jogo no grupo controle. A incidência total de lesões no grupo de intervenção foi de 2.1 por 1000 horas de treinamentos ou jogos, enquanto no grupo controle foi de 2.9 por 1000 horas. Concluiu-se que um programa proprioceptivo em pranchas de equilíbrio foi suficiente para prevenir a ocorrência de entorses de tornozelo (Verhagen et al., 2004 ).
O treinamento em discos de tornozelo influenciou o tempo de reação de músculos selecionados durante um entorse de tornozelo simulado em pessoas sem lesões prévias e sem instabilidade funcional do tornozelo (Sheth et al., 1997).

sábado, 24 de setembro de 2011

Lobão vence e se classifica

Pelotas derrota o Fragata e avança à próxima fase do Estadual
Tarde vitoriosa para o Lobo na Boca

Pelotas garantiu classificação à próxima fase do Estadual:
O peso da camiseta se fez prevalecer. Em partida decisiva na tarde deste sábado, o Pelotas derrotou o Fragata pelo placar de 1×0 e conquistou sua classificação à próxima fase do Estadual da categoria sub-17 (juvenil). O jogo foi realizado no estádio da Boca do Lobo e contou com a presença de torcedores das duas equipes. Agora, o Lobão aguarda os resultados dos outros grupos para conhecer seus adversários na etapa seguinte da competição. Já o Fragata está eliminado.
O Pelotas jogou com: Rodrigo; Derick, Rodrigo Prado, Gabriel e Juninho; Fernando, Erick, Samuel (André), Diego (Matheus) (Johnatan) e Jefinho; Elton (Jarro). Técnico: Felipe Muller.
A equipe do Fragata teve: Isaias; Rudiere, Carlos Alberto, Otávio e Fabrício (Haikar); Renan, Abner, Marcos (Malone) e William; Dener (Duaini) e Breno (Carioca). Técnico: Cristiano Noguez.
                                                                                                                                                           “Agradecemos o incentivo do nosso torcedor. Vamos trabalhar muito para que possamos chegar muito longe nesse Estadual. Nossos atletas estão de parabéns pelo empenho demonstrado no confronto de hoje”, disse o técnico áureo-cerúleo, Felipe Muller.

Gabriel Ribeiro – Assessoria de Imprensa E.C.Pelotas

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Juvenil: Só a vitória interessa ao Pelotas

Pelotas x Fragata é a atração deste sábado
Pelotas necessita da vitória neste sábado
Sábado de decisão na Boca do Lobo:
O sábado promete ser de bastante emoção para os torcedores do Lobão. Tudo porque neste 24/09 será disputada a última rodada da primeira fase do Estadual 2011 da categoria sub-17 (juvenil). E, nesta reta final, quatro das seis equipes da Chave 5 chegam brigando por duas vagas. Apenas o Brasil, já classificado, e o Rio Grande, eliminado, cumprem tabela neste final de semana.
O Lobão necessita de uma simples vitória para se classificar à próxima fase do torneio sem precisar de combinação de resultados. Já o adversário áureo-cerúleo, o clube do ex-jogador Émerson, também precisa dos três pontos para passar de etapa. Tudo indica que o confronto deste sábado entre Pelotas e Fragata será recheado de emoções.

Confira a classificação da Chave 5 após a realização de quatro rodadas:
1º) Brasil -> 10 pts;
2º) Progresso -> 7 pts;
3º) PELOTAS -> 6 pts;
4º) Fragata -> 5 pts e saldo +4;
5º) Bagé -> 5 pts e saldo -1;
6º) Rio Grande -> não pontuou.
-> Se classificam apenas os três primeiros colocados.
A última rodada tem os seguinte jogos: (todos no sábado, 24/09, às 15h)
PELOTAS x Fragata
Bagé x Brasil
Progresso x Rio Grande
INGRESSOS
Os ingressos para Pelotas x Fragata poderão ser adquiridos no estádio da Boca do Lobo, na bilheteria do Parque Dom Antônio Zattera. O valor da entrada é de R$ 5,00. Sócios em dia com o mês de setembro têm acesso liberado.
CONVOCAÇÃO
O coordenador do Departamento Amador do clube, Josué Martins, e o treinador da equipe sub-17, Felipe Muller, convocam o torcedor para comparecer nesse importante desafio pelo Estadual 2011. “Precisamos do apoio do nosso torcedor. Em muitas vezes nossa torcida foi determinante na conquista de vitórias. Por isso, peço para aqueles que puderem que compareçam na Boca do Lobo neste sábado e nos empurrem para um grande resultado”, disse Josué Martins.

Gabriel Ribeiro – Assessoria de Imprensa E.C.Pelotas

sábado, 17 de setembro de 2011

Pelotas aplica goleada em Rio Grande

Nesse sábado o Lobão foi até a cidade vizinha de Rio Grande aonde aplicou uma goleda no vovô Rio Grande, o Lobão venceu por 6x0 e com o empate entre Fragata e Bagé o Pelotas está mais vivo do que nunca na competição. Agora o Pelotas enfrenta o Fragata na Boca do Lobo e com uma vitória simples o Lobão assegura vaga na proxima fase do Campeonato Gaúcho sub 17. Os gols do Pelotas foram marcados por  Samuel (2x), Élton, Fernando, Derick e Érick.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Clássico Bra-Pel Sub17

Fotos:
Aquecimento

Eduardo Folha, Fred Mendes e Anderson Rodrigues

Início

Reservado

Bra-Pel

Torcedor do Pelotas

Torcedor do Pelotas

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Trabalho Intervalado











Prof. Roberto Recart, Gabriel Torres e Prof. Fred Mendes após o treinamento.
Fotos: Atividades realizadas no Estádio da Boca do Lobo em Pelotas-RS.

Teoria e Prática do Treinamento Intervalado no Esporte

   Costuma designar-se por "treinamento intervalado" a variedade do trabalho interrompido e repetido, em que a carga necessária à ação escolhida recai sobre uma função a ser treinada, em intervalos regulados de esforço e repouso, regidos por determinadas normas. Ao contrário das formas tradicionais do trabalho intermitente, em que os intervalos de repouso não representam qualquer significado real para a obtenção do efeito almejado, servido apenas de condição para executar o trabalho repetido; no treino intervalado o estabelecimento da duração da pausa e do caráter do repouso apresentam importância idêntica.  

Convém notar que, quanto à prioridade dos parâmetros do exercício e do repouso no treino intervalado, os pareceres particulares dos especialistas chegam a ser antagônicos. Assim, conforme o ponto de vista dos fisiólogos alemães (Reindell H., 1961; Reidell H, Roskamm H., Gerschler W., 1962; Roskamm H., Reidell H. Keul J.,1961) compartilhado por uma série de especialistas de outros países (Costes N., 1972, Metzner A., 1962; Smodlaka V.N.,1964; Van Goor H., Mosterd W.L.,1961), a eficácia do treinamento intervalado, sobretudo, depende da escolha correta dos intervalos de repouso. Entretanto, os representantes da escola escandinava de fisiologia (Christensen E.H., 1960,1961; Christensen E.H., Hedman R., Saltin V., 1960) estão convictos que com a execução de exercícios intervalados intensivos de curta duração, o resultado decisivo na obtenção do efeito de treinamento esperado, pertence aos parâmetros do próprio exercício. Contudo, conforme é possível observar nos resultados de pesquisas anteriores (Vólkov N.I., Bútin I.M., Lavréntieva N.I., 1960; Vólkov N.I., Straj V.A.,1979; Vólkov N.I., Straj V.A., Kuznitzóv S.P., Kurbánov O.G. 1987), ambos os pontos de vista são corretos, apenas em determinadas faixas de esforço, utilizadas em diferentes formas do treinamento intervalado. As mudanças nas relações dos parâmetros entre trabalho e repouso, e as variações fisiológicas decorrentes no organismo conduzem à alteração relativa dos processos da troca aeróbia e anaeróbia na carga energética total.

   Nos últimos quarenta anos, o treino intervalado passou a ser o método principal de treinamento nos tipos de esporte ligados à demonstração básica de resistência, tais como: corrida de média e longa distância, marcha atlética, natação, remo, corrida de patins, ciclismo, corrida de esquis, etc. No final da década de cinqüenta, o interesse para com as questões do treino intervalado assumiu caráter muito amplo após os sucessos triunfais de Emil Zatopec, famoso corredor tcheco, que demonstrou amplamente as vantagens do referido método durante a sua preparação. Sua aplicação regular, na atualidade, não é privilégio, apenas, dos representantes dos "esportes de resistência", mas, também, dos representantes das modalidades em que a resistência não possui papel decisivo, mas o lato nível do seu desenvolvimento cria condições para o domínio de amplos volumes de um trabalho específico de treinamento dirigido ao aperfeiçoamento das qualidades "principais" do desportista. O interesse geral para o aproveitamento, na prática, do treino intervalado, acha-se sujeito, antes de mais nada, às possibilidades intrínsecas do método da dosagem exata de uma ação rigidamente direcionada para o organismo do atleta sujeito ao treinamento e pela regularização do esforço decorrente das condições do treino e do uso de meios complementares. 
    O emprego do treino intervalado, em diversas modalidades esportivas, permite aos atletas e treinadores atingir o aumento das marcas para competições de grande responsabilidade em períodos de preparação mais curtos. 

   Nos últimos anos, diversas formas de treinamento intervalado passaram a ter amplo emprego na prática da cultura física terapêutica e da medicina preventiva. O início dessa diretriz ocorreu na Alemanha com os trabalhos do professor H. Reindell e sua equipe (Reindell H., 1961; Reindell H. Roskamm H., Gerschler W., 1962). Grande contribuição para essa modalidade foi oferecida pelo professor V. Smodlak (1963 e 1964) com pesquisas iniciadas na Iugoslávia e continuadas, com sucesso, nos EUA, onde chefiou a seção de reabilitação do Hospital de Siracuza, perto de Nova Iorque. O emprego do treinamento intervalado mostrou-se muito eficiente na reabilitação e no tratamento de diferentes gêneros de moléstias cardiovasculares e pulmonares, de disfunções metabólicas e endócrinas, de lesões congênitas no aparelho locomotor, etc. Nos últimos tempos, em vários países, passaram a ser aplicadas formas de emprego combinado do treino intervalado com o treinamento fracionado em hipoxia e outros métodos de treinamento fisiológico ativo, que substancialmente alargam e aprofundam as possibilidades da sua ação terapêutica e reabilitadora (Vólkov N. I., Bulgákova N. J., Karétzkaia N.N., Kovaliénko E.A., Smirnoff, 1994; Iordánskaia F.A., Arkhárov S.I., Dmítriev E.I., Merínova A.B. 1967; Míchtchenko V.I., Vólkov N.I., 1987).

sábado, 10 de setembro de 2011

Pelotas vence o Bagé na Boca do Lobo

JUVENIL
No último sábado, em partida válida pelo Estadual da categoria sub-17 (juvenil), o Pelotas venceu pelo placar de 2×0 o time do Grêmio Bagé. Os gols do Lobão foram anotados por André e Erick. Na próxima quarta-feira, 14/9, às 15h, será disputado o clássico bra-PEL da categoria, no estádio Bento Freitas.

Gabriel Ribeiro – Assessoria de Imprensa E.C.Pelotas

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sub17 - Sábado tem jogo na Avenida

Partida contra o jalde-negro bageense é válida pelo Estadual 2011.  


Neste sábado, mais precisamente às 15h, no estádio da Boca do Lobo, o torcedor áureo-cerúleo tem compromisso marcado com a garotada sub-17 do Lobão. Na ocasião, o Pelotas irá enfrentar o Grêmio Bagé, em partida válida pelo Estadual 2011 da categoria juvenil. Os ingressos para o jogo custam R$ 5,00 e sócios em dia com o mês de setembro não pagam.
O Lobão não iniciou bem o campeonato. Com apenas um jogo disputado, o Pelotas ainda não pontuou no torneio. Por isso, uma vitória nesta segunda partida é de fundamental importância para as pretensões azul e ouro dentro da competição. A chave do Pelotas tem ainda: Brasil, Progresso, Bagé, Fragata e Rio Grande. Os jogos nesta fase são disputados em turno único, onde se classificam apenas os três primeiros colocados. Técnico Felipe Muller convoca torcida azul  e ouro“Sempre contamos com o apoio do nosso torcedor. Sei que no jogo contra o Bagé não será diferente. Precisamos da ajuda deles para que possamos superar mais um obstáculo. Deixo meu convite para a nação áureo-cerúlea prestigiar nossa partida neste sábado”, disse o técnico da equipe sub-17 do Lobão, Felipe Muller.

Gabriel Ribeiro – Assessoria de Imprensa E.C.Pelotas

Estadual de Juvenis - tabela de jogos

O conselho arbitral do Campeonato Gaúcho de Juvenis foi realizado nesta quarta-feira (13) e definiu os participantes, que serão 58, divididos em sete grupos. A competição inicia em 13 de agosto.

Na primeira fase classificam-se os quatro melhores de cada chave, exceto na chave G, cujo número de classificados será de seis. Também garantirão lugar na próxima fase os dois melhores quintos colocados dos grupos que possuem oito times.

A segunda fase será disputada por 32 equipes divididas em oito chaves de quatro integrantes cada. Passam para a terceira fase os dois melhores de cada grupo, totalizando 16 times. Os classificados continuarão na competição disputando os jogos no sistema de “mata-mata”. 
Chave A: Inter, Caxias,GEPOL (Osório), Novo Hamburgo, Aimoré, Estância Velha e Cerâmica.

Chave B: Grêmio, São José, Nacional (São Leopoldo), Americano, Porto Alegre, GAO (Osório), Cruzeiro e  15 de Novembro (Campo Bom).

Chave C: Santa Cruz, Avenida, Pinheiros, Lajeadense, Riopardense, Guarani, Encantado e Riograndense (Montenegro).

Chave D: Juventude, Esportivo, Gramadense, Nova Petrópolis, Garibaldi, Mundo Novo (Três Coroas), Ivoti e Sapucaiense.

Chave E: Fragata, Brasil de Pelotas, Rio Grande, Guarany, Progresso, Pelotas e Bagé.
 
Chave F: Rosário, Cruzeiro (Santiago), São Borja, Ferro Carril (Uruguaiana), Milan (Júlio de Castilhos), Inter-SM, Flamengo (Alegrete) e Novo Horizonte (Santa Maria).

Chave G: Paarc Sport (Santo Ângelo), Juventus (Santa Rosa), Passo Fundo, Safurfa (Marau), Nacional (Cruz Alta), Panambi, Gaúcho (Passo Fundo), São Luiz, Grêmio Ibirubá, Guarany (Espumoso) e Santo Ângelo.

Tabela - 1a. fase

CHAVE 05
106 26/08 - SEX 15:00 PELOTAS 0 X 1 PROGRESSO BOCA DO LOBO
107 24/08 - QUA 17:30 BRASIL 2 X 2 FRAGATA BENTO FREITAS
108 24/08 - QUA 15:30 RIO GRANDE 1 X 2 BAGÉ ARTHUR LAWSON
109 03/09 - SÁB 15:00 FRAGATA 6 X 1 RIO GRANDE CT FRAGATA
110 14/09 - QUA 15:00 BRASIL 2 X 1 PELOTAS BENTO FREITAS
111 07/09 - QUA 15:00 BAGÉ 2 X 2 PROGRESSO PEDRA MOURA
112 14/09 - QUA 15:00 PROGRESSO 1 X 0 FRAGATA EDMAR FETTER
113 10/09 - SÁB 15:00 PELOTAS 2 X 0 BAGÉ BOCA DO LOBO
114 21/09 - QUA 13:00 RIO GRANDE 2 X 4 BRASIL ARTHUR LAWSON
115 17/09 - SÁB 15:00 RIO GRANDE 0 X 6 PELOTAS ARTHUR LAWSON
116 17/09 - SÁB 15:00 BRASIL 1 X 0 PROGRESSO BENTO FREITAS
117 17/09 - SÁB 15:00 FRAGATA 0 X 0 BAGÉ CT FRAGATA
118 24/09 - SÁB 15:00 PROGRESSO 6 X 2 RIO GRANDE EDMAR FETTER
119 24/09 - SÁB 15:00 PELOTAS 1 X 0 FRAGATA BOCA DO LOBO
120 24/09 - SÁB 15:00 BAGÉ 0 X 0 BRASIL PEDRA MOURA

1- BRASIL = 11 PTS (3v) (09-05) (5 jogos)
2- PROGRESSO = 10 PTS (3v) (10-05) (5 jogos)
3- PELOTAS = 9 PTS (3v) (10-03) (5 jogos)
4- BAGÉ = 6 PTS (1v) (04-05) (5 jogos)
5- FRAGATA = 5 PTS (1v) (08-05) (5 jogos)
6- RIO GRANDE = 0 PT (0v) (06-24) (5 jogos)


SEGUNDA FASE

CHAVE 8: Inter, Guarani-VA, Cruzeiro-PA e Mundo Novo
CHAVE 9: Grêmio, Esportivo, Lajeadense e Aimoré

CHAVE 10: Avenida, Caxias, Garibaldi e Porto Alegre
CHAVE 11: Juventude, Americano, Cerâmica e Pinheiros
CHAVE 12: Novo Hamburgo, São José, Gramadense e Pelotas
CHAVE 13: Brasil, Progresso, Rosário e Inter-SM
CHAVE 14: São Borja, Cruzeiro-SAN, Gaúcho e Juventus
CHAVE 15: Paarc Sports, Passo Fundo, Santo Ângelo e Guarani-ESP

CHAVE 12
05/10 - 15:30 - GRAMADENSE 1 x 2 NOVO HAMBURGO - DOS PINHEIRAIS (GRAMADO)
05/10 - 15:30 - PELOTAS 3 x 5 SÃO JOSÉ - BOCA DO LOBO (PELOTAS)
08/10 - 15:30 - NOVO HAMBURGO 2 x 2 PELOTAS - DO VALE (NOVO HAMBURGO)
08/10 - 15:30 - SÃO JOSÉ 2 x 1 GRAMADENSE - PASSO D'AREIA (PORTO ALEGRE)
12/10 - 15:30 - GRAMADENSE 0 x 0 PELOTAS - DOS PINHEIRAIS (GRAMADO)
12/10 - 15:30 - SÃO JOSÉ 5 x 2 NOVO HAMBURGO - PASSO D'AREIA (PORTO ALEGRE)
17/10 - 13:30 - NOVO HAMBURGO 3 x 0 SÃO JOSÉ - DO VALE (NOVO HAMBURGO)
15/10 - 15:30 - PELOTAS 0 x 1 GRAMADENSE - BOCA DO LOBO (PELOTAS)
22/10 - 16:30 - GRAMADENSE 1 x 2 SÃO JOSÉ - DOS PINHEIRAIS (GRAMADO)
22/10 - 16:30 - PELOTAS 1 x 0 NOVO HAMBURGO - BOCA DO LOBO (PELOTAS)
26/10 - 16:30 - NOVO HAMBURGO 4 x 2 GRAMADENSE - DO VALE (NOVO HAMBURGO)
26/10 - 16:30 - SÃO JOSÉ 3 x 1 PELOTAS - PASSO D'AREIA (PORTO ALEGRE)

 
CHAVE 12:
(C) 1- São José = 15 pts (5v) (17-11)
(C) 2- Novo Hamburgo = 10 pts (3v) (13-11)
(E) 3- Pelotas = 5 pts (1v) (07-11)
(E) 4- Gramadense = 4 pts (1v) (06-10)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Core Training

Trabalhando o Core Training em Academia.
 Material para trabalho
Espaço Físico
Fotos: Atividades realizadas no Esporte Clube Pelotas-RS.

CORE TRAINING
Método de treinamento funcional, o core training prepara a região central do corpo para executar com eficiência todos os tipos de movimento. Além de previnir lesões, melhora a eficiência no esporte.
Pernas fortes e rápidas. O objetivo de todo corredor pode não ser suficiente para melhorar tempos e aumentar distâncias. Há uma região do organismo que é pouco trabalhada nas práticas esportivas e que pode fazer toda a diferença. É o core, que abrange ab­­dome e lombar, pelve e quadril.
Do inglês, o termo quer dizer “nú­­cleo”. Trata-se do centro de gravidade do corpo humano e onde começam todos os movimentos. “É composta por 29 músculos que, quando fortalecidos, permitem ao indivíduo realizar a aceleração, a estabilização e a desaceleração do movimento de maneira mais eficiente”, explica o personal trainer e preparador físico com certificação em treinamento funcional Carlos Eduardo Gasperin.
“Se a pessoa tem as extremidades do corpo fortes, mas o core enfraquecido, o movimento vai ser ineficiente e mais propenso a lesões”, complementa.
O fortalecimento desse centro de força me­­lhora a execução de movimentos de rotina – como pegar objetos no solo ou no alto, movimentos de rotação e até mesmo a caminhada. Reduz a incidência de dores lombares e o risco de lesões. Em atletas, previne machucaduras, melhora a execução das técnicas e, consequentemente, o rendimento.
Por isso profissionais da Edu­­cação Física e Fisioterapia desenvolveram o core training, um conjunto de exercícios funcionais para o fortalecimento dessa região.
“É mais uma arma dentro do que já é trabalhando no desenvolvimento esportivo, diz Gas­­perin. A base dos movimentos é a ativação de capacidades biomotoras de estabilização, força e potência e trabalha a musculatura profunda, que poucos tipos de exercícios abdominais trabalham.
“Podem ser feitos em sessões específicas ou até mesmo como aquecimento do treinamento, já voltado para a exigência de cada modalidade. Na corrida, por exemplo, pode-se iniciar com exercícios de deslocamento lateral e frontal”, fala Gasperin.
Antes de cada movimento, o core training exige o posicionamento correto da coluna e a contração dos músculos da região. Quem já fez pilates e yoga vai perceber algumas semelhanças.
“O princípio é o mesmo. O que é core, o [Joseph] Pilates [criador do método] chamava de ‘body house’ [ou ‘poder do corpo’, em uma tradução aproximada]. Ambos os métodos trabalham a musculatura profunda”, explica o mestre em Educação Física pela USP criador do MET (Multifuncional Exercise Training), Mauro Guiselini.
A série de exercícios pode ser feita com ou sem equipamentos – como elásticos, o fit ball (a mesma utilizada em fisioterapia e em aulas de pilates) e o kettlebell (espécie de peso com uma alça, bastante tradicionais nos treinamentos de força e resistência na Rússia), desde que se respeite o estágio de preparo de cada indivíduo.
Os mais sedentários começam com exercícios na postura de prancha, para melhorarem a estabilização do movimento. Desenvolverão maior resistência e terão maior capacidade de sustentar uma postura por mais tempo.
Já pessoas com certo nível de treinamento e musculatura mais forte incluirão exercícios de força, com movimentos que provoquem desequilíbrio (retirar um pé do chão na postura de prancha, por exemplo).
No terceiro estágio, para atletas de rendimento, a potência será o elemento a ser desenvolvido. As atividades para acionar o core terão situações parecidas com as do esporte que pratica. “Um tenista tem de treinar os músculos do core par potência em pé e não só fazer abdominais deitado”, explica Guiselini.
No futebol
O core training tem ganhado espaço nos gramados brasileiros. Apesar de ainda estar longe de ser prática obrigatória nos clubes do futebol brasileiro, já tem mostrado bons resultados nos times em que começou a fazer parte da preparação física. No Sport, por exemplo, uma pesquisa da Universidade Federal do Recife relacionou o índice de lesões dos jogadores entre 2007 e 2008.
Publicado no final de 2009, o resultado do estudo indicou uma diminuição de 13,5% no índice de lesões entre os jogadores da temporada de 2008 – que fizeram core training – do que em relação ao grupo de 2008, que não teve o método incluso nos treinos físicos.